(PUC
- SP) O trecho abaixo foi extraído da obra Memórias Sentimentais de
João Miramar, de Oswald de
Andrade.
BOTAFOGO ETC.
"Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas marinhas sem sol. Losangos tênues de ouro bandeiranacionalizavam os verdes montes interiores. No outro lado azul da baía a Serra dos Órgãos serrava. Barcos. E o passado voltava na brisa de baforadas gostosas. Rolah ia vinha derrapava em
túneis.
BOTAFOGO ETC.
"Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas marinhas sem sol. Losangos tênues de ouro bandeiranacionalizavam os verdes montes interiores. No outro lado azul da baía a Serra dos Órgãos serrava. Barcos. E o passado voltava na brisa de baforadas gostosas. Rolah ia vinha derrapava em
túneis.
Copacabana
era um veludo arrepiado na luminosa noite varada pelas frestas da
cidade. Didaticamente, costuma-se dizer que, em relação à sua
organização, os textos podem ser compostos dedescrição, narração
e dissertação; no entanto é difícil encontrar-se um trecho que
seja só descritivo, apenas narrativo, somente dissertativo
- Levando-se em conta tal afirmação, selecione uma das alternativas abaixo para classificar o texto de Oswald de Andrade:
a) Narrativo-descritivo, com predominância do dissertativo.
b) Dissertativo-descritivo, com predominância do dissertativo.
c) Descritivo-narrativo, com predominância do narrativo.
d) Descritivo-dissertativo, com predominância do dissertativo.
e) Narrativo-dissertativo, com predominância do narrativo.
- Os elementos essenciais a uma descrição são:
- Tema central e objeto
- Tema central e observador
- Objeto e texto
- Objeto e proposta narrativa
- Observador e proposta narrativa
- Os termos denotativo e conotativo podem ser renomeados respectivamente de:
- Primitivo e derivado
- Simples e complexo
- Objetivo e subjetivo
- Taxonômico e superficial
- Primitivo e complexo
(questões
4 e 5) Analise a descrição abaixo:
Bocatorta
Bocatorta
excedeu a toda pintura. A hediondez personificara-se nele, avultando,
sobretudo, na monstruosa deformação da boca. Não tinha beiços, e
as gengivas largas, violáceas, com raros tocos de dentes bestiais
fincados as tontas, mostravam-se cruas, como enorme chaga viva. E
torta, posta de viés na cara, num esgar diabólico, resumindo o que
o feio pode compor de horripilante. Embora se lhe estampasse na boca
o quanto fosse preciso para fazer aquela criatura a culminância da
ascosidade, a natureza malvada fora além, dando-lhe pernas cambaias
e uns pés deformados que nem remotamente lembrariam a forma de um pé
humano. E os olhos vivíssimos, que pulavam das órbitas empapuçadas,
veiados de sangue na esclerótica amarela. E pele grumosa, escamada
de escaras cinzentas. Tudo nele quebrava o equilíbrio normal do
corpo humano, como se a teratologia caprichasse em criar a sua
obra-prima.
- De que tipo é? Qual a abordagem?
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- Divida a descrição acima em seus aspectos externos e internos.
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- Não podemos considerar parte do enfoque subjetivo:
- visão parcial, subjetiva e qualitativa da realidade;
- perspectiva artística, literária;
- descrição física, adjetivada
- linguagem figurada (conotativa);
- substantivos abstratos e adjetivos antepostos.
- Os objetos impressionam nossos sentidos com maior intensidade, provocando sensações visuais, auditivas, táteis, olfativas e gustativas, conforme a situação. Qual sensação abaixo não está representada de forma correta pelos seus exemplos?
- sensações visuais - Domingo festivo. Céu azul, temperatura alta, calor tropical. Grande movimentação, agitação. Crachás. TVs, jornais, revistas, fotógrafos, repórteres, comentaristas, cinegrafistas, cabo-men, correspondentes estrangeiros. Corre-corre, passa-passa.
- sensações auditivas - Barulho infernal. Motores roncando. A torcida vibrando, pneus cantando, câmbio engatando, carro voando, o tempo se esgotando. A torcida delirando, a equipe comemorando. Podium. Hino.
- sensações táteis - Ao passar a mão pelo cabelo, sentiu uma coisa viscosa, mole. Tinha sido premiada!
- sensações olfativas - Cheiros variados: perfumes importados, combustível, cachorro-quente, hambúrguer, batata frita e pipoca.
- sensações gustativas - O ron-ponche tem um sabor adocicado. Percebe-se um gostinho de lavanda, abacaxi e no fundo, um toque de azaléia.
Veja
um exemplo de descrição de pessoa:
O
menino é pai do homem
"Cresci;
e nisso é que a família não interveio; cresci naturalmente, como
crescem as magnólias e os gatos. Talvez os gatos são menos
matreiros, e, com certeza, as magnólias são menos inquietas do que
eu era na minha infância. Um poeta dizia que o menino é pai do
homem. Se isto é verdade, vejamos alguns Iineamentos do
menino.
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de 'menino-diabo'; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce 'por pirraça'; e eu tinha apenas seis anos. (...) Esconder os chapéus das visitas, deitar rabos de papel a pessoas graves, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e outras muitas façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me grande admiração; e, se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos."
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas.
São Paulo: Moderna, 1994 (Coleção Travessias).
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de 'menino-diabo'; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce 'por pirraça'; e eu tinha apenas seis anos. (...) Esconder os chapéus das visitas, deitar rabos de papel a pessoas graves, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e outras muitas façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me grande admiração; e, se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos."
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas.
São Paulo: Moderna, 1994 (Coleção Travessias).
O
trecho que você acaba de ler faz parte de uma narrativa em 1ª
pessoa. O narrador descreve a si mesmo durante a infância.
Concentra-se em definir seu comportamento e personalidade: "(...)
fui dos mais malignos do meu tempo (...) e voluntarioso”: Descreve
algumas de suas ações - "Esconder os chapéus das visitas"
- para indicar que tinha gênio indócil e espírito robusto.
- Responda: A ênfase do autor repousa sobre suas:
- Características físicas
- Características relacionais
- Características infantis
- Características genéticas
Analise
o texto abaixo
O
grande homem da fé cristã
Considerado
símbolo de fé, amor e perseverança, Jesus Cristo pode ser tomado
como um dos maiores revolucionários que o mundo já conheceu. Ele
provou a uma sociedade hipócrita e primitiva que um homem não se
faz de seus matérias, mas do seu valor moral.
Em
sua tênue expressão facial, Jesus sempre tinha um belo sorrido
resplandecente. Seu carisma e simplicidade atraíram para si diversos
seguidores, bem como inimigos. Ele propôs uma nova filosofia de
vida, baseada no amor ao próximo, o que constratou com as leis do
povo judeu, as quais se baseavam no ódio aos inimigos.
A
sua crescente popularidade foi notável, principalmente entre as
camadas mais pobres daquela sociedade, que o viam como um messias e
adotaram suas palavras como religião. Nascia aí o Cristianismo, que
em princípio fora duramente reprimido pelo governo romano, o qual
dominava, naquela época, a Palestina. Indo de encontro aos
interesses de Roma, e atraindo para si cada vez mais seguidores,
mesmo fora daquela região, Jesus Cristo findou sua vida por meio da
mais extrema penalidade que poderia ser aplicada a um réu: a
crucificação.
Adjetivar
Jesus Cristo grandiosamente tornar-se-ia uma forte digressão,
todavia deve-se por no devido relevo o grande legado deixado por ele
pra as religiões cristãs. Por seus constantes exemplos de amor ao
próximo, de humildade e simplicidade, Cristo pode ser tido como
modelo de perfeição mortal entre os homens.
Diógenes
D´Arce Cardoso Luna
- A descrição acima é objetiva ou subjetiva? Quais ideias ou termos o autor está utilizando que podem dar essa interpretação?
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- Aproveite o tema e crie uma descrição simplesmente objetiva de Jesus Cristo como personagem histórico
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- Faça a descrição objetiva de uma pessoa conhecida, coloque o nome de antemão e escreva as características (especialmente do rosto).
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(Ueg
2012) ANALISE O POEMA PARA RESPONDER AO ITEM ABAIXO.
Poema
tirado de uma noticia de jornal
Manuel
Bandeira
João
Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia
num barracão sem número
Uma
noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois
se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Estrela
da vida inteira. 20. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p 136.
Com
base na análise do poema,
- O poema contém, além de lirismo, elementos narrativos e descritivos. Transcreva um verso que apresente elementos descritivos.
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Apenas uma ponte
Chegara, enfim, o último dia de aula. Havia sido uma longa
trajetória até ali. Mas, agora, o professor observava com ternura
os alunos à sua frente, cada um voltado para seu caderno, fazendo a
lição que colocaria ponto final no ano letivo. Então, agarrado à
calmaria daquela hora, ele se recordou do primeiro encontro com o
grupo. Todos o miravam com curiosidade, ansiosos por apanhar, como
uma fruta, o conhecimento que imaginavam lhe pertencia. Nem tinham
ideia de que aprenderiam por si mesmos, e que ele, mestre, não era a
árvore da sabedoria, mas apenas uma ponte que os levaria à sua copa
frondosa. Naquele dia, experimentara outra vez a emoção de se
deparar com uma nova turma, e o que o motivava a ensinar, com tanta
generosidade, era justamente o desafio de enfrentar esse mistério.
Sim, uma ponte. Uma ponte por onde transitassem os sonhos daquelas
crianças, o movimento incessante de seus desejos, o ir e vir de suas
dúvidas, o vaivém do aprendizado em constante algaravia.
Lembrou-se da dificuldade da Julinha nas operações de multiplicar.
O resultado correto era um território que ela nem sempre conseguia
atingir. Mas, agora, a garota estava lá, segura da direção que
deveria tomar. Ele fizera a ponte. O que dizer da distância entre o
José e o Augusto no início do ano, ambos se temendo em silêncio,
deixando de desfrutar da aventura de uma grande amizade? Com
paciência, ele os unira. Desde então, não se desgrudavam. Podia
vê-los dali, de sua mesa, um ao lado do outro, concentrados em fazer
a tarefa. Já a Maria Sílvia, dona de uma letra redondinha, ainda há
pouco lhe dera um sorriso. Antes, contudo, vivia irritada, a letra
sem apuro, só garranchos. Fizera a ponte para ela. Mateus, à sua
frente, detestava Ciências e fugia das aulas no laboratório. Talvez
porque só via dificuldade na travessia e não as maravilhas que o
esperavam no outro extremo. O professor estendera-lhe a mão e o
conduzira, até que, subitamente, ele se tornara o melhor aluno
naquela matéria. Tinha também a Alessandra, tão silenciosa e
tímida. Ia bem nos primeiros meses e, depois, o rendimento caíra.
Ele descobrira que os pais dela viviam em conflito. Alertara-os para
que dessem mais afeto à filha, e eis que ela florescera, voltando a
ser uma boa aluna.
E lá estava, nas últimas fileiras, o Luís Fábio. Notara suas
limitações e construíra uma ponte especial para ele, mas o menino
não conseguira atravessá-la. Era assim: para alguns, bastavam uns
passos; para outros, o percurso se encompridava. O professor
suspirou. Fizera o seu melhor. Lembrou-se das palavras de Guimarães
Rosa: "Ensinar é, de repente, aprender". Sim, aprendera
muito com seus alunos. Inclusive aprendera sobre si mesmo. Aquelas
crianças haviam, igualmente, ligado pontos em sua vida. Agora,
seguiriam novos rumos. Haveriam de encontrar outras pontes para
superar os abismos do caminho. Ele permaneceria ali, pronto para
levar uma nova classe até a outra margem. E o tempo, como um
viaduto, haveria de conduzi-lo à emoção desse novo mistério.
CARRASCOZA J. Apenas uma ponte. Disponível em:
<http://novaescola.abril.uol.com.br.> Acesso em: 14 de ago.
2003. Layout adaptado.
- (Ufrn 2004) Considere o trecho:
"Chegara, enfim, o último dia de aula. HAVIA SIDO uma longa
trajetória até ali. Mas, agora, o professor OBSERVAVA com ternura
os alunos à sua frente, cada um voltado para seu caderno, fazendo a
lição que colocaria ponto final no ano letivo. Então, agarrado à
calmaria daquela hora, ele se RECORDOU do primeiro encontro com o
grupo. Todos o MIRAVAM com curiosidade [...]".
No que se refere às quatro formas verbais em destaque, é correto
afirmar que
a) a terceira assinala narração e as demais assinalam descrição.
b) a primeira assinala narração e as demais assinalam descrição.
c) a primeira e a segunda assinalam descrição e as últimas
assinalam narração.
d) a terceira e a quarta assinalam descrição e as primeiras
assinalam narração.
TEXTO PARA A PRÓXIMA
QUESTÃO:
Os Músicos
"Faz calor. Os grandes espelhos da parede vieram da Europa no
fundo do porão; cristal puro. 'Tua vó fez risinhos e boquinhas,
namorou dentro desse espelho'. Respondo: 'Minha avó nunca viu esse
espelho, ela veio noutro porão'. Nesse instante chegam os músicos,
três: piano, violino, bateria; o mais moço, o pianista tem quarenta
anos, mas é também o mais triste, um rosto de quem vai perder as
últimas esperanças, ainda tem um restinho mas sabe que vai
perdê-las num dia de calor tocando os Contos dos Bosques de Viena,
enquanto lá embaixo as pessoas comem bebem suam sem ao menos por um
instante levantar os olhos para o balcão onde ele trabalha com os
outros dois: Stein, no violino - cinquenta e seis anos, meio século
atrás: espancado com uma vara fina, trancado no banheiro, privado de
comida 'nem que eu morra você vai ser um grande concertista' e
quando Sara, sua mãe, morreu, ele tocou Strauss no restaurante com o
coração cheio de alegria - Elpídio na bateria, cinquenta anos,
mulato, coloca um lenço no pescoço para proteger o colarinho, o
gerente não gosta mas ele não pode mudar de camisa todos os dias,
tem oito filhos, se fosse rico - 'fazia filho na mulher dos outros,
mas sou pobre e faço na minha mesmo' - e todos começam, não
exatamente ao mesmo tempo, a tocar a valsa da Viúva Alegre. Na mesa
ao lado está o sujeito que é casado com a Miss Brasil. Todas as
mesas estão ocupadas. Os garçons passam apressados carregando
pratos e travessas. No ar, um grande borborinho."
(Ruben Fonseca, LÚCIA MCCARTNEY)
- (Fatec 1999) Com base nesse texto é correto afirmar que:
a) As ações ganham relevo e determinam a estrutura do texto, em que
as personagens se colocam vivas diante do processo narrativo.
b) O que mais determina o texto são as reflexões, as ideias
discutidas ao longo dele, o que lhe confere teor dissertativo.
c) Trata-se de um misto de narração e dissertação em que as ações
das personagens servem como apoio para as argumentações do
comentarista.
d) Predomina o caráter descritivo, o que se constata sobretudo pelos
substantivos, adjetivos e mesmo verbos que auxiliam na caracterização
do ambiente.
e) Apesar dos aspectos descritivos, o elemento determinante do texto
é a narração, principalmente no que diz respeito à caracterização
física dos músicos.
TEXTO PARA A PRÓXIMA
QUESTÃO:
BOTAFOGO ETC
"Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das
avenidas marinhas sem sol.
Losangos tênues de ouro bandeiranacionalizavam o verde dos montes
interiores.
No outro lado azul da baía a Serra dos Órgãos serrava.
Barcos. E o passado voltava na brisa de baforadas gostosas. Rolah ia
vinha derrapava entrava em túneis.
Copacabana era um veludo arrepiado na luminosa noite varada pelas
frestas da cidade."
- (Pucsp 1997) Didaticamente, costuma-se dizer que, em relação a sua organização, os textos podem ser compostos de descrição, narração e dissertação; no entanto é difícil encontrar-se um trecho que seja só descritivo, apenas narrativo, somente dissertativo.
Levando-se em conta tal afirmação, selecione uma das alternativas a
seguir para classificar o texto de Oswald de Andrade.
a) Narrativo-descritivo, com predominância do descritivo
b) Dissertativo-descritivo, com predominância do dissertativo
c) Descritivo-narrativo, com predominância do narrativo
d) Descritivo-dissertativo, com predominância do dissertativo
e) Narrativo-disertativo, com predominância do narrativo
TEXTO PARA A PRÓXIMA
QUESTÃO:
Durante este período de depressão contemplativa uma coisa apenas
magoava-me: não tinha o ar angélico do Ribas, não cantava tão bem
como ele. Que faria se morresse, entre os anjos, sem saber cantar?
Ribas, quinze anos, era feio, magro, linfático. Boca sem lábios,
de velha carpideira, desenhada em angústia - a súplica feita boca,
a prece perene rasgada em beiços sobre dentes; o queixo fugia-lhe
pelo rosto, infinitamente, como uma gota de cera pelo fuste de um
círio...
Mas, quando, na capela, mãos postas ao peito, de joelhos, voltava
os olhos para o medalhão azul do teto, que sentimento! que doloroso
encanto! que piedade! um olhar penetrante, adorador, de enlevo, que
subia, que furava o céu como a extrema agulha de um templo gótico!
E depois cantava as orações com a doçura feminina de uma virgem
aos pés de Maria, alto, trêmulo, aéreo, como aquele prodígio
celeste de garganteio da freira Virgínia em um romance do
conselheiro Bastos.
Oh! não ser eu angélico como o Ribas! Lembro-me bem de o ver ao
banho: tinha as omoplatas magras para fora, como duas asas!
(O ATENEU. Raul Pompéia)
- (Faap 1997) O texto que você leu, é o retrato de Ribas. Predomina nele:
a) a Dissertação
b) a Narração
c) a Redação epistolar
d) A Descrição
e) a Poesia
- (Ufpr 2003)
O mecânico José Pereira, proprietário da oficina da foto, decidiu
fazer uma reforma de seu estabelecimento, que, além dos serviços já
anunciados na pintura da parede, passará a fazer também consertos
de caminhões. A divulgação dos serviços prestados passará a ser
feita através de um texto publicado no jornal local, melhorando com
isso a imagem da oficina.
Escreva um texto de até 5 linhas para a divulgação dos serviços
prestados pela oficina mecânica, que deve incluir não só os já
anunciados na parede, mas também a notícia da reforma e da nova
atividade. O texto, para ser publicado no jornal, deve ser redigido
segundo as normas do português padrão escrito.
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(Fuvest 1997)
TEXTO PARA AS DUAS PRÓXIMAS QUESTÕES
Ser consciente é talvez um esquecimento.
Talvez pensar um sonho seja, ou um sono.
Talvez dormir seja, um momento,
Voltar o 'spirito nosso a ser dono.
[Fernando Pessoa]
- O trecho anterior, do ponto de vista da composição, classifica-se como descritivo, narrativo ou dissertativo?
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- Justifique sua resposta, transcrevendo pelo menos dois elementos do texto.
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- Considera-se que no enfoque subjetivo a realidade descrita não é apenas observada pelo autor, é também sentida. O objeto descrito apresenta-se transfigurado de acordo com a sensibilidade de quem o descreve. O autor procura transmitir a impressão, a emoção que a realidade lhe causa. São suas características, exceto
- visão parcial, subjetiva e qualitativa da realidade;
- perspectiva artística, literária;
- linguagem figurada (conotativa);
- fixação pelas formas e cores do objeto
- substantivos abstratos e adjetivos antepostos.
professor o sr pode disponibilizar o gabarito? :)
ResponderExcluirposso sim. Só me perdoe porque será de pouco a pouco. ;-)
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