domingo, 5 de abril de 2015

MInd Map Trovadorismo

 Mind Map de Trovadorismo e  um comentário sobre o amor cortês

Amor cortês - Idade Média

Amor cortês foi um conceito europeu medieval de atitudes, mitos e etiqueta para enaltecer o amor, e que gerou vários gêneros de literatura medieval, incluindo o romance. Era um código de comportamento amoroso em que os praticantes – cavaleiros – podiam demonstrar para a corte que o valor pessoal não se fundamentava apenas no sangue ou nas proezas militares, mas podia ser identificado no comportamento social: a cortesia.


Os senhores feudais contratavam recitadores, cantores e músicos para divertir a corte. As cantigas eram compostas, quase sempre, por nobres que se denominavam trovadores, porque praticavam a arte de trovar.
O trovador deveria expressar seus elogios a uma mulher da nobreza, demonstrando subordinação às damas da corte, que deveriam ser tratadas com cortesia.
As cantigas de amor desenvolviam o tema do sofrimento pelo amor não correspondido e eram divulgados de forma oral.
(texto adaptado de: ABAURRE, Maria Luiza e PONTARA, Marcela. Literatura brasileira. Tempos, leitores e leituras. São Paulo: Moderna, 2005, p. 84-88)

Veja a cantiga, exemplo de amor cortês:


Ao ver a ave leve morrer
Alegres as alas contra a luz,
Que se olvida e deixa colher
Pela doçura que a conduz,
Ah! Tão grande inveja me vem
Desses que venturosos vejo!
É maravilha que o meu ser
Não se dissolva de desejo.

Ah! Tanto julguei saber
De amor e menos que supus
Sei, pois amor não me faz ter
Essa a que nunca farei jus.
A mim de mim e a si também
De mim e tudo o que desejo
Tomou e só deixou querer
Maior e um coração sobejo.

Bem feminino é o proceder
Dessa que me roubou a paz.
Não quer o que deve querer
E tudo o que não deve faz.
Má sorte enfim me sobrevém,
Fiz como um louco numa ponte,
E tudo me foi suceder
Só porque quis mais horizonte.

Piedade já não pode haver
No universo para os mortais,
Se aquela que a devia ter
Não tem, quem a terá jamais?
Ah! Como acreditar que alguém
De olhar tão doce e clara fronte
Deixe que eu morra sem beber
Água de amor em sua fonte?

(VANTADORN, Bernart de. Tradução: Augusto de Campos)




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